Deixou de pagar os boletos do seu condomínio? Saiba como resolver essa situação.

Multas, juros, nome sujo, penhora de bens… Se você está inadimplente com o pagamento do seu condomínio, pode ser afetado negativamente de diversas formas – especialmente se a administração do mesmo optar por realizar essa cobrança pelas vias judiciais.
Por mais inconveniente e incômoda que seja essa situação, as consequências sempre são piores quando a pessoa que está devendo não elabora um plano de ação objetivo e consciente acerca dos desdobramentos que um processo desses pode ter.
Inclusive, se você souber administrar a situação da maneira adequada com as partes envolvidas, pode ser até mesmo que evite a judicialização do processo e, consequentemente, algumas das medidas mais onerosas.
O que acontece é que, por mais que condomínios tenham o direito de realizar essa cobrança judicialmente a partir do primeiro mês de cobrança, a grande maioria opta por fazê-lo apenas após alguns meses de inadimplência – com alguns aguardando até 1 ano.
• Leia também: Entenda as consequências de quando se tem uma dívida de condomínio
Seja qual for o seu caso, elencamos dicas que poderão lhe ajudar nesses dois momentos distintos: aquele em que a dívida ainda não foi judicializada, e aquele em que já foi instaurado um processo por vias judiciais.
Confira a seguir:
4 dicas para quando você ainda não foi cobrado judicialmente
1. Administre o prazo
Jamais esqueça que o condomínio tem o direito de realizar a cobrança do valor devido desde o primeiro mês de inadimplência. Na maioria dos casos, essa não costuma ser a prática comum, porém, não conte apenas com a “boa vontade” da administração, entendendo que eles aguardarão o tempo que for necessário até que você quite sua dívida.
Seja consciente, entenda a gravidade da situação e administre o tempo necessário para solucionar essa situação da forma mais rápida possível.
2. Política da boa vizinhança
Em todos os casos, mantenha uma conversa construtiva e educada com o síndico e administrador, eles podem ser seus maiores aliados ou seus piores inimigos.
3. Não se coloque como vítima
Por mais que essa dívida tenha acontecido contra sua própria vontade, é importante não se posicionar como vítima perante o síndico e a administradora. Explique a situação de forma transparente e objetiva, assim como seja prático para informá-los a respeito de quais medidas você está buscando para solucionar a situação.
4. Uso consciente das áreas comuns
Mesmo inadimplente você tem acesso às áreas comuns do condomínio. Entretanto, faça uso do seu bom senso: esse não é o momento de “ostentação” ou de demonstrar que pouco se importa com a situação constrangedora da dívida, pois isso pode fazer a postura do condomínio se voltar contra você.
Essas dicas são simples e práticas para quando sua dívida ainda não foi judicializada. Caso a cobrança já tiver sido protocolada na justiça, atente para os seguintes pontos:
5 recomendações para quando sua dívida de condomínio já foi judicializada
1. Informe-se a respeito do processo
Processos dessa natureza estão disponíveis no site do Tribunal de Justiça do seu estado. Se você tiver alguma dificuldade em conseguir uma cópia pelo site, siga até o fim deste texto que nosso jurídico te manda uma cópia no seu processo, não somos advogados e não temos interesse em ganhar nada com isso.
2. Entenda a cobrança
É essencial que você entenda exatamente o que está sendo cobrado – e isso costuma estar bastante claro no processo. Caso encontre multas acima de 2% e juros maior de 1% ao mês (mais correção monetária), esses são pontos que podem estar fora da lei é preciso consultar a convenção do condomínio se fala algo sobre esse assunto.
3. Comece a procurar formas de pagar
Se os valores cobrados estiverem dentro da normalidade, é hora de começar a buscar caminhos de quitar essa dívida. A lei lhe dá o direito de pagar 30% à vista e o restante em 6 vezes. Quando isso é feito, geralmente existe um abatimento no valor da cobrança do advogado do condomínio de 10% para 5%.
E claro, não esqueça que, havendo concordância na cobrança, você não pode mais “voltar atrás” e contestar esses valores.
4. Sobre ter ou não a ajuda de um advogado
Também é importante não enxergar o advogado como um super herói. Tenha em mente que causas relacionadas a dívidas de condomínio são muito difíceis de se ganhar e, a menos que você tenha argumentos muito fortes, isso pode gerar ainda mais complicações.
Isso porque, além de ter que arcar com os custos do seu próprio advogado, seguindo esse caminho os honorários do advogado do condomínio podem subir para até 20% do valor da dívida. Por fim, o juiz pode lhe multar em 20% por entender que sua defesa tem o objetivo de simplesmente “ganhar tempo”.
De maneira alguma trazemos isso com o objetivo de desestimular você a buscar seus direitos ou a procurar um advogado, porém, é também seu dever saber das consequências negativas que essa via de ação pode gerar.
5. Se for fazer um empréstimo, escolha bem qual
Na maioria dos casos conseguir um empréstimo costuma ser a opção mais recomendada. Hoje em dia existem créditos de longo prazo e com taxas de juros baixas que podem lhe ajudar a reestruturar sua vida financeira, incluindo solucionando sua dívida de condomínio.
Um exemplo disso é o crédito com garantia imobiliária, que lhe dá opções de levantar crédito tendo também base em dívidas pré-existentes. Para isso, é necessário fazer uma lista de todas as dívidas. Assim, o crédito é liberado, você primeiro paga suas dívidas e, depois disso, você fica com a diferença para recompor seu fundo de emergência.
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