2019 mal começou e já fomos presenteados com uma excelente notícia.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou em outras palavras, a nossa inflação, fechou o ano de 2018 em 3,75% a.a, portanto abaixo da meta de 4,5% a.a estipulada pelo Banco Central.
Isso somado ao otimismo provocado pela posse do novo governo potencializa muito as perspectivas para o mercado de crédito.
Inflação baixa e controlada gera a segurança necessária para Banco Central aliviar a tônica dos comunicados ao mercado e eventualmente avançar com processo de redução dos juros.
Esse cenário remodela as nossas expectativas criando um ambiente mais seguro tanto para o tomador quanto para o investidor.
Juros mais baixos comprimem os spreads e fomentam taxas mais competitivas ao tomador, ao mesmo tempo permitem que a economia respire mais aliviada acelerando a atividade.
O resultado final é um ambiente de estabilidade que garante riscos mais baixos aos investidores.
A Peak Invest deseja que boas notícias como essa sejam frequentes nesse novo ano e está pronta para ser a ponte que conecta tomadores e investidores num ambiente sólido e construtivo para o empreendedorismo no Brasil.
Quer saber um pouco mais sobre como a inflação é calculada?
O IPCA é uma pesquisa de preços que o IBGE faz mensalmente consultando o comércio, domicílios, prestadores de serviços e concessionárias de serviços públicos.
Os preços dos itens são divididos por categorias onde cada uma ganha um peso de acordo com sua importância no dia a dia das pessoas, veja quais são:
- Alimentação e bebidas (23,12%)
- Artigos de residência (4,69%)
- Transportes (20,54%)
- Comunicação (4,96)
- Despesas pessoais (9,94%)
- Habitação (14,62%)
- Saúde e cuidados pessoais (11,09%)
- Vestuário (6,67%)
- Educação (4,37%)
Veja como o IPCA se comportou no último período de 2018.
- Saúde e Cuidados Pessoais: após deflação de 0,71% em novembro, quando diversos itens sofreram quedas impactadas pelas promoções da Black Friday, o grupo avançou 0,32% em dezembro. Destaque para os itens plano de saúde, que voltou a registrar alta de 0,80%, produtos para pele (de -10,29% para +6,16%) e perfume (de -8,02% para -0,57%).
- Habitação: desacelerou seu ritmo de deflação na passagem de novembro (-0,71%) para dezembro (-0,15%), sendo destacadas as acelerações dos itens aluguel residencial (de +0,40% para +0,46%), taxa de água e esgoto (de 0,00% para +0,71%) e gás de botijão (de +0,52% para +0,80%). Além disso, ainda que tenha ocorrido alteração da cor da bandeira tarifária para as contas de luz, que passou de amarela em novembro para verde em dezembro, o item energia elétrica residencial diminuiu seu ritmo de deflação, de -4,04% para -1,96%.
- Vestuário: apresentou comportamento similar ao verificado pelo grupo Saúde e Cuidados Pessoais. Em novembro, muito sob impacto das promoções da Black Friday, o grupo mostrou deflação de 0,43%. No mês de dezembro, sem o efeito dos descontos proporcionados pela Black Friday e recebendo alguma pressão de alta em decorrência das compras de Natal, o grupo avançou 1,14%. Destaque para o desempenho dos itens blusa (de -1,58% para +2,95%), camisa/camiseta masculina (de -0,67% para +1,79%) e calça comprida feminina (de -1,98% para +1,76%).
- Transportes: registrou deflação de 0,54% em dezembro, após queda de 0,74% na leitura anterior. De um lado, os combustíveis não só voltaram a registrar queda, como também aumentaram seu ritmo de deflação, a exemplo da gasolina (de -3,07% para -4,80%) e do etanol (de -0,52% para -2,70%). De outro lado, como é comum em meses de dezembro, houve importante pressão altista do item passagem aérea, que acelerou de +2,92% em novembro para +29,12% em dezembro.
- Alimentação e Bebidas: apresentou apenas ligeira aceleração, de +0,39% para +0,44%. Enquanto os preços de alimentação no domicílio (de +0,34% para +0,50%) aceleraram, os preços de alimentação fora do domicílio (de +0,49% para +0,33%) desaceleraram.