Uma nova modalidade de investimento está ganhando força no Brasil. É o Peer to Peer Lending. Trata-se de um tipo de empréstimo baseado em uma união direta entre investidor e empresa, sem precisar da intermediação bancária para as transações. Com isso, os juros para quem capta o investimento é muito menor do que se fosse captado em um banco, e o retorno para quem investe, é também muito mais atrativo do que os fundos de renda fixa e com menos risco do que algumas aquisições de ações na bolsa de valores. O peer to peer é considerado renda fixa, pois os juros são estipulados no momento do aporte e respeitando a tabela regressiva de Imposto de Renda sobre aplicações financeira.
Esse sistema permite à pessoa física emprestar dinheiro para pequenos e médios empresários, recebendo em troca disso, juros como retorno. Assim o tomador pode captar crédito a custos menores e o investidor recebe uma rentabilidade mais atrativa. É possível ainda para o investidor diversificar sua carteira em P2P (como é chamado o Peer to Peer). Oferecer títulos de dívidas neste formato em corretoras de investimentos pode ser um diferencial para o cliente da corretora. Investir no formato P2P também é diversificar aplicações.
Há riscos no procedimento do Peer to Peer?
O Peer to Peer Lending não é isento de risco, mas as plataformas que trabalham com ele, como a Peak Invest, por exemplo, existem para isso: minimizar o risco para o investidor.
Outra vantagem das plataformas é que, além de emprestar para tomadores pré-selecionados, elas permitem que se possa repartir o investimento em várias empresas. Dessa forma, o investidor fica mais seguro, pois seu dinheiro fica dividido em empresas de diferentes segmentos, o que reduz o risco de perdas se algum setor específico entrar em crise. Importante explicar que não é um investimento protegido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso também deixa claro a relação Risco x Retorno do P2P.
O Processo do P2P
Mas você deve estar se perguntando, como é o processo do Peer to Peer Lending?
Na Peak Invest, funciona assim: a empresa solicita o empréstimo se inscrevendo na plataforma. Os dados dela, como natureza jurídica, Cnae, data de fundação, protestos e faturamento, são analisados por um sistema complexo de validações. Após as empresas enviarem a documentação completa, é feita uma análise de crédito. Se não houver problemas, essas empresas passam a integrar a plataforma para receber empréstimos e, após captar o valor total de investimentos, a transação é formalizada por um banco. Como última etapa do processo, as empresas tomadoras realizam o pagamento mensal e o investidor recebe o retorno do seu investimento.
Mudanças na legislação
Até 2018, as plataformas de P2P precisavam utilizar nomes de instituições financeiras para tornar essas transações oficiais. Mas uma mudança na legislação permite que, hoje, a própria plataforma efetue todas as etapas do processo de captação de recursos e pagamento ao investidor. A consequência disso, será mais rapidez em todo procedimento e a potencial facilidade de criação de novas plataformas. A Peak Invest atua como CORBAN (Correspondente Bancário) sendo assim, o processo de formalização tem uma instituição financeira como parte da estrutura. É muito importante pesquisar sobre o processo de formalização que a plataforma utiliza e se a fintech é autorizada pelo Banco Central.
Open Banking
O surgimento de outro procedimento promete facilitar ainda mais o P2P. Trata-se do Open Banking. Pela legislação atual, os bancos detêm total controle sobre as informações financeiras dos clientes. Com o Open Banking, caberá ao cliente decidir quem pode acessar seus dados de crédito. Isso facilitaria a seleção dos tomadores pelas plataformas de Peer to Peer Lending.