Com a Selic (taxa básica de juros) em baixa, as carteiras de renda fixa se tornam cada vez menos interessantes. Nesse cenário, uma modalidade inovadora de investimento ganha destaque no mercado financeiro, à proporção que se populariza entre investidores do mundo inteiro. Estamos falando do P2P. Mas a pergunta que fica é a seguinte: Peer to Peer Lending é seguro?
É o que você verá nos tópicos seguintes, nos quais relembramos o conceito dessa modalidade de investimento coletivo, os seus benefícios, riscos e que tipo de garantia existe no Peer to Peer Lending. Trazemos todas essas informações de modo objetivo, pedagógico e transparente. Continue a leitura e descubra!
Afinal, o que é P2P Lending?
Peer to Peer Lending é uma modalidade de investimento que vem crescendo exponencialmente no Brasil e no mundo. Trata-se de uma opção de renda fixa bastante peculiar e pode ser muito mais vantajosa do que as alternativas de renda fixa mais tradicionais.
Também conhecido como empréstimo coletivo, o P2P Lending consiste em uma forma rentável de aplicar seu capital financeiro emprestando para empresas. Na prática, esse modelo é administrado por fintechs, a partir de plataformas totalmente online.
Os investimentos na modalidade Peer to Peer Lending são vantajosos tanto para quem investe quanto para quem toma crédito emprestado. Isso porque a plataforma permite que pessoas físicas emprestem dinheiro a empresas que precisam de capital para tocar seus negócios.
Quais são os benefícios dessa modalidade de investimento?
Para os investidores, os benefícios são os retornos dos investimentos a juros mais elevados do que os dos portfólios de renda fixa convencionais. Já para as empresas, as vantagens estão na agilidade do processo e pouca burocracia para tomar o dinheiro emprestado, assim como os juros, que são mais baixos dos que os praticados pelas instituições financeiras.
Até pouco tempo atrás, os bancos eram praticamente o único meio de pegar empréstimos. Além da burocracia, os juros são altos e prejudicam o fluxo de caixa das empresas, sobretudo as de pequeno e médio porte. Além disso, as instituições bancárias, reinavam sozinhas na oferta de carteiras de investimento.
Portanto, tanto para um player (investidor/provedor) quanto para o outro (tomador), o P2P Lending pode proporcionar excelentes retornos financeiros a médio e longo prazo.
Quais são os riscos?
Os riscos dessa modalidade de investimento resumem-se, principalmente, à possibilidade de inadimplência por parte das empresas. Nesse caso, o não pagamento das parcelas da dívida aos investidores é o maior fantasma dessa opção de investimento em crédito alternativa e descentralizada. Lembrando também que não é um investimento protegido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Mas existe que tipo de garantia no Peer to Peer Lending? P2P é realmente seguro? Agora que você já relembrou o conceito dessa forma de aplicação, os seus riscos e benefícios, está na hora de conhecer as garantias.
Você conhece as garantias do Peer to Peer Lending?
De forma bem transparente devemos colocar que o P2P não possui garantia de recebimento. Os riscos de fato existem e estão totalmente ligados a alta rentabilidade que podem proporcionar, a típica relação de Risco x Retorno. É um tipo de investimento que praticamente depende de uma boa diversificação para se manter uma carteira saudável. Mas esse é um assunto que abordamos no final da matéria.
Quem decide aplicar na modalidade P2P deve saber sobre algumas vantagens no contexto de segurança. A primeira delas é que essa opção de investimento é regulamentada pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN n° 3.954 de 24 de fevereiro de 2011), o que transmite credibilidade, confiança e segurança jurídica aos investidores. Além do mais, o empréstimo coletivo é praticado na maior parte dos países desenvolvidos, movimentando bilhões pelo mundo. Investimento em crédito que visa sempre o crescimento das empresas em diversos setores.
Normalmente, a garantia citada nas operações de P2P é o aval dos sócios e/ou avalistas. Em outras palavras, o aval é a garantia pessoal do pagamento de um título de crédito. No aval, o avalista promete pagar a dívida, caso o devedor (sócio ou empresa) não o faça. Em caso de pagamentos vencidos, a plataforma pode cobrar indistintamente dos sócios da empresa e/ou dos avalistas, assim como em uma ação extrajudicial se for necessário. Os avalistas podem ser os próprios sócios da empresa tomadora, mas na pessoa física. Os avalistas terceiros, também na pessoa física, com relacionamento familiar ou não, com patrimônio imobiliário declarado. Resumindo, é com o aval dos sócios da empresa e/ou avalistas que a operação passa a ter mais segurança.
Em algumas operações são apresentadas garantias adicionais, como a garantia de recebíveis. A operação realizada com garantia de recebíveis, possui um percentual de contratos recebíveis previamente selecionados, inclusive de empresas com boas classificações junto ao Bureau de Crédito. checados e confirmados um a um pela Equipe Peak. Os títulos podem ser recebidos em uma conta Escrow, os quais são depositados os pagamentos dos clientes da empresa tomadora, mantendo-se a reposição mensal ou conforme vencimento.
Existe também operações com trava de domicílio bancário, que nada mais é do que a garantia de que os valores serão creditados na conta correspondente em determinada instituição financeira. É um mecanismo utilizado pelos bancos e instituições financeiras para reter os recebíveis de um determinado cliente em sua instituição. O recurso garante que os recebíveis sejam creditados naquela instituição financeira enquanto perdurar a trava.
A análise de crédito é uma vantagem competitiva das plataformas de P2P. Cada fintech possui um tipo de avaliação de risco das empresas apresentadas nas rodadas, a chamada precificação que gera os juros que empresa tomadora irá pagar pelo empréstimo. Os critérios e filtros adotados é o que fazem total diferença trazendo mais segurança para as operações. Não basta ofertar o crédito, é necessário conhecer profundamente o propósito do cliente tomador. Apesar de ser um processo prático e ágil, não é tão fácil conseguir o crédito. Aproximadamente 4% das empresas que pedem empréstimo aqui na Peak, passam para uma rodada de investimentos, ou seja, a plataforma que proporcionar uma boa análise de crédito, apresenta oportunidades mais seguras aos investidores.
Outra vantagem é o processo de cobrança, que no caso da Peak Invest é de responsabilidade da própria plataforma, tanto as cobranças mensais como um possível ajuizamento de uma empresa inadimplente. Dessa forma, o investidor tem a fintech cobrando as empresas sem precisar ter esse trabalho.
A cobrança precisa ser forte e efetiva, é um dos fatores mais importantes dentro da modalidade. Ainda assim, caso algo aconteça com a fintech e/ou a Instituição Financeira parceira, os investidores ficam assegurados com os seus papéis em seus próprios nomes. O título do investimento emitido é um CCB (Cédula de Crédito Bancário) + Carta de Endosso em nome do investidor, tudo registrado dentro do Sistema Financeiro Nacional. Em resumo é o papel da plataforma administrar e controlar a inadimplência das empresas tomadoras da carteira.
Nessa perspectiva, a formalização fica dentro de uma Instituição Financeira e é controlada pelo Banco Central, sendo obrigada a seguir boas práticas. Proporcionando ao investidor dupla segurança, pois existem duas instituições, fintech e banco, cuidando da operação.
Além dessas vantagens, o investidor que tem interesse em aplicar capital na modalidade P2P deve tomar alguns cuidados, como analisar a fintech responsável pela plataforma online e verificar se ela tem um criterioso sistema de análise de crédito. É crucial, aliás, como já citamos, diversificar a carteira de investimento para ser um investidor de sucesso.
Enfim, é certo que existem riscos em apostar nessa alternativa, mas também há vantagens que o Peer to Peer Lending oferece para a segurança dos investimentos.
Aproveite o assunto e leia nosso post para saber como montar uma carteira de investimento mais segura dentro da modalidade P2P Lending!