Quer diversificar seus investimentos com criptomoedas? Vale a pena investir? As moedas digitais estão virando uma tendência importante no mercado. Saiba mais!
O Bitcoin é a mais famosa criptomoeda da atualidade e também foi a pioneira, criada em 2009. Temos observado nos últimos anos um interesse crescente de investidores em apostar nesse ativo. Mas será que vale mesmo a pena investir em criptomoedas?
Pensando nisso, desenvolvemos este artigo para você entender melhor sobre o mundo das criptomoedas. Fique por dentro desse conceito, em como elas funcionam e de que modo esse tipo de investimento pode fazer parte da sua estratégia de diversificação.
O que são criptomoedas?
Criptomoedas são moedas digitais que contam com uma tecnologia de criptografia, um sistema único, não divisível e que pode ser transferido entre usuários. Tudo é feito pela internet. Elas diferem do dinheiro que vemos em nossas contas bancárias convencionais, que é usado em operações digitais e representa nossas células físicas. Já a criptomoeda é totalmente digital, sem necessitar de uma representação física.
No entanto, assim como as moedas físicas têm códigos que atestam sua autenticidade, as criptomoedas também possuem códigos virtuais que comprovam sua validade. No caso do Bitcoin, por exemplo, o protocolo de segurança utilizado é blockchain.
Trata-se de um registro descentralizado em que as transações são registradas em uma rede de computadores interligados. Tudo o que é registrado em um blockchain não pode ser modificado, garantindo maior transparência e segurança à operação. No caso do Bitcoin, por exemplo, o computador da rede que consegue decifrar o código e resolver os cálculos primeiro para registrar e validar a transação é recompensado com Bitcoin. Esse processo é conhecido como mineração.
Como funciona a regulamentação das criptomoedas?
As criptomoedas não são emitidas por algum governo, como acontece com o Real no Brasil ou o Euro na União Europeia, muito menos há uma entidade financeira por trás. Dessa maneira, você pode transferir criptomoedas ou moedas digitais para outras pessoas sem precisar que um terceiro faça essa intermediação, garantindo também a confiabilidade da moeda.
Assim, não existe no Brasil uma regulamentação que insira as criptomoedas no arranjo de pagamentos. No entanto, em 1º de agosto de 2019, entrou em vigor a Instrução Normativa 1.888 da Receita Federal determinando a toda corretora que negocie criptomoedas informe os dados da transação ao Fisco. Hoje já existem projetos de lei que visam regular as operações com moedas digitais.
De acordo com o Rafael Vorburger, advogado e Conselheiro Jurídico do Mercado Bitcoin, maior exchange de ativos digitais da América Latina, a normatização da Receita Federal é relevante, pois reconheceu a importância da criptoeconomia no Brasil e, nesse sentido, entendeu necessário o estabelecimento de regras que obriguem a prestação de informações relativas às operações com criptoativos no país (por corretoras e investidores).
Ainda que não se tenha uma lei regulamentando especificamente o setor, leis importantes de proteção aos consumidores, à concorrência e à economia se aplicam ao segmento, como o Código de Defesa do Consumidor, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e a Lei Anticorrupção.
Segundo o advogado, a atuação das autoridades brasileiras e o cumprimento das leis locais preserva o direito dos consumidores-investidores e ajuda o Brasil no combate à sonegação fiscal e à lavagem de dinheiro que tanto prejudicam o desenvolvimento econômico e social do país. “Por isso é importante exigir o cumprimento das normas e leis brasileiras não só pelos investidores e exchanges nacionais, mas também pelas empresas estrangeiras que atuam nesse mercado e captam clientes no país, sob pena de impedir a adequada fiscalização pelo Estado e deixar o consumidor que investe nessas corretoras sem qualquer proteção.”
Como funciona a oscilação nos preços nesse tipo de investimento?
O valor das criptomoedas é volátil, dado que há variáveis que interferem no preço. A alta variação atrai muitos investidores, que, apesar da exposição a um maior risco, veem a possibilidade de altos ganhos.
Essa oscilação ocorre com base na conhecida regra da oferta e procura. Assim, quando as criptomoedas ganham mais notoriedade, mais investidores as buscam e, com isso, os valores aumentam.
Quais os riscos?
Quando surgiram, as criptomoedas tinham um baixo valor. Assim como foram valorizadas com o tempo, elas podem perder valor. Desse modo, é importante que o investidor conheça seus limites em relação ao risco que está disposto a correr.
“Não se trata de um tipo de investimento destinado somente a investidores experientes. No Mercado Bitcoin, por exemplo, qualquer pessoa pode comprar frações de Bitcoin com apenas R$ 100,00. Ou seja, uma pessoa interessada em conhecer esse mercado pode iniciar com valor muito pequeno e sem se expor a um risco de perda relevante”,diz Vorburger.
A dica aos investidores é diversificar o portfólio de investimentos, alocando apenas uma parte destinada a ativos de maior risco e com possibilidades maiores de ganho, como criptomoedas.
Outras dicas de ouro para os investidores são: pesquisar a reputação da corretora no Reclame Aqui, verificar se o site da corretora informa quem são os executivos da empresa no Brasil e se a empresa realmente existe no país (corretoras estrangeiras e sem representação física no Brasil, por exemplo, podem deixar o consumidor sem a solução de eventuais problemas).
Uma simples pesquisa na internet ajuda muito. E lembrem-se: desconfiem de propagandas mirabolantes e sedutoras na internet.”
Como investir em criptomoedas?
O investimento em criptomoedas é feito por meio de corretoras (ou exchanges) que trabalham com esses ativos, como o Mercado Bitcoin. Após o cadastro em uma plataforma, o investimento funciona como acontece na compra de outros tipos de ativos e ações.
Qual a importância de diversificar seu portfólio?
É verdade que investir em criptomoedas, comprando e negociando por bons preços, é uma boa estratégia para aumentar o capital. No entanto, visto que se trata de um investimento de alta volatilidade, é preciso diversificar sua carteira com investimentos de diferentes modalidades.
É o que ocorre, por exemplo, com o P2P Lending. Nesse caso, o risco está na inadimplência. Ao comportar um portfólio mais diversificado, é possível garantir maior segurança ao seu patrimônio.
Então, quando o assunto é criptomoedas, vale a pena investir? Certamente que sim. Com experiência e uma carteira diversificada, é possível garantir bons ganhos e ainda apostar em uma moeda que pode ser o futuro do dinheiro em todo o mundo.
Quer saber mais sobre como diversificar seu portfólio? Então, leia o artigo Como montar uma carteira segura de investimentos P2P Lending.